José Ecivaldo do Carmo Carvalho, de 35 anos, foi morto com mais de 10 tiros em uma casa na Rua Estrada do Amapá, no Ramal do Pica-Pau, Segundo Distrito de Rio Branco. O crime ocorreu por volta das 20 horas desta sexta-feira (27). O homem morava no bairro Sobral e tinha ido na casa, que era dele, vender uma geladeira e umas galinhas para ajudar a mulher, que está com câncer.
Segundo informações da Polícia Militar do Acre (PM-AC), Carvalho foi atingido por vários tiros, inclusive na cabeça. A PM disse ainda que a porta da casa tinha sinais de arrombamento. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas a vítima já estava morta. A perícia foi até o local e o corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML).
Palmira do Carmo, que era tia da vítima, disse que ficou sabendo do crime através da cunhada de Carvalho. Ela confirmou que a vítima tinha ido até o local vender algumas coisas para conseguir dinheiro e ajudar no tratamento da esposa.
“Ele estava com a mulher dele em coma, o dinheiro era para ajudar no tratamento dela. Levaram o dinheiro, não sabemos quanto, e o celular dele”.
A mulher informou ainda que a família não tinha conhecimento de que Carvalho tivesse envolvimento com o crime. “Ele estava desempregado, mas era trabalhador. Tinha uma filha de criação de sete anos, que é filha da mulher dele, ele estava cuidado da mulher. É muito doloroso”, lamentou.
O delegado geral adjunto, José Tinoco, disse que estava em uma operação no bairro Cidade do Povo quando foi avisado do crime pelo Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) e foi até a ocorrência.
“Quando cheguei a equipe da DHPP [Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa] já tinha falado com a vizinhança, que disse não ter visto nada, mas, a informação é que três pessoas entraram na casa pela porta de trás e cometeram o crime”.
Tinoco falou ainda que é prematuro dizer a motivação do crime, mas que a polícia acredita em duas linhas de investigação.
“Ainda vai ser investigado pela DHPP. Pode ter sido um latrocínio, porque ele tinha ido vender uma coisas e estaria com algum dinheiro, mas pode também ter sido um homicídio por algum possível envolvimento com facção, é prematuro afirmar, só após as investigações”, finalizou.
G1 – AC